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13/11/2003

Comboios da região. 

É com alegria que leio no www.noticiasalentejo.pt que as actuais linhas desactivadas no Alentejo irão ser alvo de uma especial atenção, para no futuro serem aproveitadas para fins turísticos.
Há já alguns anos que penso neste assunto e com especial atenção para a antiga linha de Mora que actualmente se encontra desmantelada, e que ligava Évora a uma importante zona turística, nomeadamente a zona da Barragem de Montargil e Maranhão, e que agora o que se prevê para essa linha pelo menos até à Graça do Divor e Arraiolos, é um percurso ecológico pedonal e para velocípedes sem motor. Pena que na altura (há cerca de 12 anos) não se tenha pensado no assunto com clareza e ter-se visto o que ele de futuro teria para oferecer, ás localidades onde o comboio parava, em fins turísticos. Pena que nós estejamos sempre a olhar para a actualidade e não para o futuro, porque se na altura se tivesse havido uma visão futurista das coisas, essa linha nunca teria sido desmantelada, tinha sido deixada como ela estava e, agora, teríamos mais uma oportunidade para mostrar ao turismo que diariamente se desloca, ao Alentejo e Évora, de uma maneira cómoda e agradável, para Norte em direcção a Mora, o nosso maior tesouro que é o nosso Alentejo por si só. Agora encontra-se uma linha cheia de travessas de madeira nas bermas já podres de estarem há cerca de 12 anos expostas à erosão, antigas pontes metálicas da linha sem utilidade nenhuma, estações abandonadas sem qualquer reaproveitamento, antigos sinais da linha a dizerem "Pare, Escute e Olhe", assistimos como que a uma linha fantasma deixada ao abandono mas que outrora em tempos era símbolo de dinâmismo, progresso, modernização algo que esta linha, e respectivas localidades onde o comboio parava, nunca mais viu ou sentiu. Se ao menos nessa linha se tivesse feito algo durante estes anos, mas não, foi desmantelada, não foi feito nada, e chega-se ao fim de 12 anos e começam a surgir conclusões de serem implantados no Alentejo comboios turísticos. Pena que para esta linha (penso eu) seja tarde demais. Mas em relação às restantes que não chegaram a ser desmanteladas acho uma belíssima ideia virem a servir para fins turísticos, com especial atenção para a de Reguengos já que poderia vir a servir para levar turistas que no futuro chegassem a Évora de TGV e de outros meios quaisquer, à Barragem de Alqueva. Acho que está na altura de se começar a aprender com os erros, e de se começar a pensar duas vezes antes de se agir da mesma forma como se agiu em relação à linha de Mora.

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