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13/05/2004

Asfalto 

Li na acta da C.M.E.de 10 de Dezembro de 2003 que os moradores da avenida da Batalha do Salado fizeram um pedido à C.M.E. para esta proceder à mudança do piso da referida avenida, porque esta ao ser de calçada provoca um intenso ruído com o constante passar dos veículos. Ao que parece o executivo da C.M.E. cedeu ao pedido dizendo que os habitantes da avenida têm todo o direito, e a substituição da calçada por asfalto poderá ser uma relidade, apenas não sei quando. Por isso deixo aqui um excerto das declarações do Sr. Presidente da Câmara em resposta a esse tema que foi proposto por um vereador na reunião:

"Quanto à pavimentação da Av. Batalha do Salado, à semelhança de outras vias urbanas, é feita por solicitação dos residentes que adquiriram as suas casas nessas zonas, com enorme esforço, e aos quais o descanso quase foi negado por anteriores executivos, que transformaram vias urbanas de paralelipípedos em vias de circulação a alta velocidade, com vibração e barulhos impossíveis de suportar. Essa pavimentação acrescentará qualidade à vida dos residentes e será de interesse municipal"

- Bem gostaria de saber se os residentes noutras zonas da cidade, não pagaram as suas casas com enorme esforço também, ou se usufruem todos de altos rendimentos?

- Gostaria também de saber se essa é a única zona de calçada onde se pratiquem altas velocidades. Se pensam que sim dou para exemplo a Avenida D.Leonor Fernandes, Avenida S.João de Deus e a avenida que liga a rotunda das portas do Raimundo à Lagril, e esta última com velocidades superiores à avenida Batalha do Salado, pois não possui bandas sonoras para abrandamento da velocidade.

- E por fim o centro histórico, que apesar de ser património mundial, não se vê o fim dos veículos entrarem para dentro dele. Este sim com mais importância devido ao valor que possui. E de noite eu posso garantir que os carros no centro histórico praticam velocidades acima das permitidas.

Não sei se os moradores na Avenida Batalha do Salado são diferentes de todos os outros, visto que há a ideia na C.M.E. que eles foram os únicos a pagarem a casa com enorme esforço!!! , mas se eu sou a favor da sua pavimentação com asfalto isso sou desde que se tomem as devidas precauções para que não se pratiquem velocidades acima das permitidas. E assim como esta acho que todas as avenidas que referi e muitas mais que me passaram ao lado por lapso deveriam de seguir o mesmo caminho. Eu confesso que sou a favor de que toda a envolvente do centro histórico seja asfaltada, pois com este "simples" acto consegue-se realçar mais uma vez o Património Mundial de todo o resto da cidade. Com o centro histórico acho que definitivamente devia de ser cortado o trânsito dentro dele, com o objectivo de poupar este enorme monumento ao desgaste por vibração sonora e misturas químicas que são altamente corrosivas a ele. Dou um exemplo de uma avenida em foi retirado o asfalto para lhe devolverem a calçada que há muito se encontrava coberta por ele, que é a Avenida de S.Sebastião que liga as portas de Alconxel à escola André de Gouveia e que agora se encontra ao abandono, pois existem rampas em alcatrão para os autocarros entrarem para o terminal e antes da rotunda para quem segue em direcção à avenida Túlio Espanca, para não falar das enormes poças de água que se formam ao longo da sua extenção quando chove, problema que antigamente não existia quando era asfaltada. Em relação ao centro histórico gostaria de deixar mais uma nota que é a de o seu acesso que deveria ser exclusivamente pedonal excepto para os residentes,transportes públicos dos novos autocarros da "Linha Azul" e Táxis, com a condição dos parques de estacionamento periféricos serem gratuitos, ou se pagos, terem condições para tal, devendo para isso serem construídos de raíz em altura ou subterrâneos para poderem albergar o máximo de veículos possível no mesmo espaço, não esquecendo a segurança nos referidos parques que é algo que actualmente escasseia. Os autocarros normais deveriam apenas ligar os bairros ao centro histórico, pois estes são causadores de grandes vibreções e poluição. Em relação às cargas e descargas acho que deveriam ser impostos horários mas compatíveis com as empresas de distribuição para estas poderem efectuar os seus serviços.
Concluindo acho que a C.M.E. não se deveria esquecer que: problemas relacionados com barulho provocado pela calçada, muitos locais da cidade sofrem com isso; todos nós seja quem for pagamos as nossas casas com muito esforço, dedicação e carinho, com a agravante de ser em Évora devido aos seus preços, em que nada ou pouco se fez para os mudar; que o centro histórico de Évora, um dos poucos Património Mundial em que se pode circular de automóvel, está cada vez mais a ser susceptível ao desgaste e com tendência para agravar ainda mais; e que nós cidadãos eborenses se há alguma coisa em que estamos quase todos de acordo é à preservação do nosso património e consequentemente estamos muito atentos a quem não o respeita ou nada faz para o preservar.



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